Agronegócios
17h40 03 Setembro 2025
Atualizada em 03/09/2025 às 17h40

La Niña tem 60% de chances de ocorrer; veja as regiões onde deve chover mais

Por Redação TV KZ

O fenômeno El Niño foi descartado pelos modelos meteorológicos desde março deste ano. Com essa informação, a expectativa era de uma neutralidade climática, pois as anomalias de temperatura da superfície do mar mantiveram-se próximas da média nos últimos meses.

Entretanto, dados recentes da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sugerem que essa situação pode mudar em breve. A tendência para o surgimento do La Niña nos próximos meses está se fortalecendo, mesmo que em intensidade fraca. Essa expectativa pode afetar o regime de chuvas no Brasil.

Conforme as previsões dos centros globais de produção de previsões sazonais da OMM, as probabilidades de setembro a novembro de 2025 são:

  • 55% de chance de formação da La Niña
  • 45% de probabilidade de manutenção das condições neutras
  • 0% de chance de formação de um El Niño

Outubro a dezembro de 2025:

  • 60% de chance de La Niña
  • 40% de chance de neutralidade

Esses dados indicam que a probabilidade de ocorrência do La Niña aumenta com a chegada da primavera, podendo se estabelecer ainda em 2025. A Climatempo ressalta que, para a caracterização oficial do fenômeno, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) considera o Índice Oceânico Niño (ONI), que precisa apresentar uma anomalia da temperatura da superfície do mar abaixo de -0,5 °C por três trimestres móveis consecutivos.

Ainda não há confirmação desta ocorrência, mas modelos preveem que a tendência pode se consolidar nos próximos meses.

O que esperar do fenômeno La Niña?

Embora a intensidade prevista seja fraca, os impactos típicos do La Niña podem se manifestar, especialmente em regiões vulneráveis à variabilidade climática. Os efeitos mais comuns incluem:

  • Chuvas acima da média no Norte e Nordeste do Brasil, especialmente durante o verão;
  • Tempo seco no Sul do Brasil, o que pode exacerbar ou antecipar estiagens em áreas agrícolas;
  • Maior risco de incêndios no Pantanal e na Amazônia, caso haja redução das chuvas em períodos críticos.

Por ser um fenômeno que interage com outros sistemas atmosféricos, como a Oscilação Madden-Julian, os impactos da La Niña podem ser bastante variáveis, especialmente em episódios de fraca intensidade e curta duração.

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