O fenômeno El Niño foi descartado pelos modelos meteorológicos desde março deste ano. Com essa informação, a expectativa era de uma neutralidade climática, pois as anomalias de temperatura da superfície do mar mantiveram-se próximas da média nos últimos meses.
Entretanto, dados recentes da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sugerem que essa situação pode mudar em breve. A tendência para o surgimento do La Niña nos próximos meses está se fortalecendo, mesmo que em intensidade fraca. Essa expectativa pode afetar o regime de chuvas no Brasil.
Conforme as previsões dos centros globais de produção de previsões sazonais da OMM, as probabilidades de setembro a novembro de 2025 são:
Outubro a dezembro de 2025:
Esses dados indicam que a probabilidade de ocorrência do La Niña aumenta com a chegada da primavera, podendo se estabelecer ainda em 2025. A Climatempo ressalta que, para a caracterização oficial do fenômeno, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) considera o Índice Oceânico Niño (ONI), que precisa apresentar uma anomalia da temperatura da superfície do mar abaixo de -0,5 °C por três trimestres móveis consecutivos.
Ainda não há confirmação desta ocorrência, mas modelos preveem que a tendência pode se consolidar nos próximos meses.
Embora a intensidade prevista seja fraca, os impactos típicos do La Niña podem se manifestar, especialmente em regiões vulneráveis à variabilidade climática. Os efeitos mais comuns incluem:
Por ser um fenômeno que interage com outros sistemas atmosféricos, como a Oscilação Madden-Julian, os impactos da La Niña podem ser bastante variáveis, especialmente em episódios de fraca intensidade e curta duração.