Agronegócios
13h20 27 Abril 2025
Atualizada em 27/04/2025 às 13h20

Método identifica adulteração em cafés usando fotos de celular

Por Redação TV KZ

O Brasil se destaca como o segundo maior produtor mundial de café canéfora, conhecido também como robusta e conilon. Recentemente, o país se tornou referência em inovação científica nesse setor, com pesquisas que buscam combater a adulteração desse produto.

Um dos principais avanços vem de uma pesquisa desenvolvida por um doutorando que resultou em um método inovador para autenticação de cafés canéforas produzidos por comunidades indígenas em Rondônia. A técnica utiliza imagens tiradas por celulares comuns, acopladas a um dispositivo impresso em 3D, que controla iluminação e distância. As fotos capturam características físicas da amostra utilizando um sistema RGB (vermelho, verde, azul), permitindo uma análise precisa.

Após treinar um modelo preditivo com milhares de amostras, a equipe de pesquisadores conseguiu identificar adulterações com uma precisão de 95%. Segundo o pesquisador, essa abordagem usa machine learning para detectar modificações, como a adição de outros grãos e elementos estranhos.

Essa inovação é voltada para produtores, certificadoras e exportadores, além de poder ser adaptada para diferentes origens e tipos de adulterantes. A pesquisa indica que os cafés canéforas indígenas de Rondônia possuem características únicas, influenciadas pelo terroir amazônico e pelas práticas de cultivo, e têm grande potencial no mercado premium.

Uma preocupação crescente é o aumento das fraudes no mercado de café, que podem comprometer a segurança alimentar. A pesquisa destaca a necessidade urgente de métodos rigorosos de controle e regulamentação para garantir a integridade do setor e valorizar a origem dos cafés brasileiros.

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