Agronegócios
13h30 14 Agosto 2025
Atualizada em 14/08/2025 às 13h30

Maior ação contra a soja irregular é realizada pelo Mapa

Por Redação TV KZ

Na última semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) coordenou uma das maiores operações de descarte de produtos agropecuários no Porto de Paranaguá, Paraná. Aproximadamente 7 mil toneladas de soja e farelo de soja, apreendidas em uma ação conjunta com a Polícia Federal, estão sendo transportadas para Araras, SP, para tratamento adequado através de compostagem.

O transporte do material requer cerca de 150 viagens de caminhões bi-trem até a Sociedade Industrial de Fertilizantes Ltda (Ciafértil), entidade registrada no Mapa, que ficará responsável pela reciclagem. No local, os produtos que estão deteriorados ou adulterados serão convertidos em adubo orgânico, seguindo rigorosos protocolos de compostagem para garantir a qualidade e segurança do fertilizante gerado.

A apreensão foi resultado de uma tentativa de reintegração ao mercado de cargas que haviam sido rejeitadas por má qualidade. Entre as irregularidades identificadas estavam a presença de areia, marcas de adulteração intencional e condições sanitárias inadequadas, como acúmulo de produtos sem separação, poças de água, fezes de aves e ausência de rastreamento documental.

Auditores do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov/PR), do 8º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmaram as anomalias e fundamentaram a decisão de destinação final. Segundo Fernando Mendes, chefe do Sipov/PR, essa medida mantém a imagem do Brasil como um fornecedor confiável de produtos agropecuários, consolidando compromissos com rastreabilidade, segurança sanitária e combate a fraudes.

Todo o processo de descarte é monitorado por auditores do Mapa, desde a recepção até a compostagem final em São Paulo. Profissionais do Programa Vigifronteiras e do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SISV-SP) registram cada fase com fotos, assegurando a rastreabilidade e o cumprimento da legislação nacional e dos protocolos internacionais.

O caso encontra-se na 13ª Vara Federal de Curitiba e, embora o descarte esteja em andamento por decisão judicial, as investigações prosseguem para identificar os responsáveis.

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