Banco Central (BC) rejeita proposta de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A análise da operação estava em andamento desde março e era a última etapa regulatória necessária para a conclusão do negócio. A informação foi divulgada na noite de quarta-feira (3) por meio de um comunicado de fato relevante do BRB aos investidores, mas o BC ainda não se manifestou oficialmente a respeito.
O BRB relatou aos seus acionistas que recebeu a notificação do Banco Central sobre o indeferimento do pedido protocolado em 28 de março de 2025, em que solicitava a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master S.A. O BRB busca entender os fundamentos da decisão e estudar possíveis alternativas.
A transação era vista como uma oportunidade estratégica para o BRB, que acreditava poder trazer valor não apenas para a instituição, mas também para seus clientes e o Sistema Financeiro Nacional. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, havia sancionado anteriormente uma lei autorizando a compra, a fim de aumentar a atuação do banco no setor financeiro.
Desde o anúncio do negócio, as ações do BRB na Bolsa de Valores (B3) tiveram uma valorização de aproximadamente 23%. No entanto, o Banco Master é visto com desconfiança no mercado, especialmente por suas práticas agressivas de captação de recursos, que prometem rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI).
Com a falta de um balanço financeiro atualizado e tentativas frustradas de emissão de títulos, a situação do banco se torna cada vez mais crítica. Recentemente, a empresa BTG Pactual fez uma proposta de apenas R$ 1 pela aquisição do Banco Master, visando cobrir suas dívidas com recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), porém a falta de consenso entre os bancos do FGC impediu a realização do negócio.