A Fitch considera pouco provável que a perspectiva para reformas estruturais na economia fique clara antes das eleições de 2026. Segundo a agência de classificação de risco, "as eleições não oferecem risco de grandes desvios na política econômica, mas podem moldar o sentimento e as perspectivas para reformas fiscais cruciais à perspectiva econômica".
A agência, que manteve a nota de crédito do Brasil em "BB" com perspectiva estável, disse que as relações entre o Poder Executivo e o Legislativo renderam frutos importantes recentemente, como a reforma tributária no consumo, mas se tornaram tensas por conta de discussões sobre medidas fiscais e as emendas do Congresso ao orçamento.
"As eleições de outubro de 2026 podem aumentar os incentivos para políticas populistas, particularmente à luz de um declínio nas taxas de aprovação do governo Lula, como os subsídios já anunciados a serviços públicos e aumentos em benefícios sociais vistos no último ciclo eleitoral", acrescentou a Fitch.