Justiça
18h40 03 Setembro 2025
Atualizada em 03/09/2025 às 18h40

Corte Especial do STJ confirma afastamento de governador do Tocantins

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta quarta-feira (3), de forma unânime, ratificar a determinação do ministro Mauro Campbell, que afastou por seis meses o governador do Tocantins, Wanderley Barbosa, e sua esposa, Karynne Sotero Campos, que ocupa a pasta de secretária estadual Extraordinária de Participações Sociais. A medida foi aprovada durante uma sessão ordinária, após a Polícia Federal (PF) deflagrar a segunda fase da Operação Fames-19, que visa investigar possíveis desvios de recursos públicos durante a pandemia, entre 2020 e 2021.

A decisão da Corte é respaldada pelo apoio dos 15 ministros mais antigos do tribunal. A nova fase da operação pretende aprofundar as investigações sobre irregularidades relacionadas ao uso de verbas públicas, incluindo pagamentos indevidos de cestas básicas e outros itens de necessidade durante o estado de emergência.

Mais de 200 policiais federais realizaram 51 mandados de busca e apreensão em várias cidades, como Palmas (TO), Araguaína (TO), João Pessoa (PB), Imperatriz (MA) e no Distrito Federal. Parte das investigações revela que o governo do Tocantins teria pago mais de R$ 97 milhões por contratos que levantam suspeitas de fraude. Os valores, segundo a PF, foram ocultados com investimentos em bens pessoais dos envolvidos.

O ministro Mauro Campbell destacou, durante a sessão, que ambos os envolvidos montaram um esquema organizado de desvio de recursos públicos e enfatizou a gravidade das evidências coletadas. Ele mencionou que os recursos desviados foram utilizados para gastos pessoais do governador e investimentos em diversos empreendimentos.

Aldo do Townsend, ex-governador, vai à Justiça e afirma que as investigações realizadas pela sua gestão estão em andamento. Barbosa, por sua vez, tenta se defender, alegando que não era responsável pelas ações durante o período investigado. Ele denunciou a decisão do STJ como precipitada e alegou que havia tomado medidas para investigar contratos suspeitos na administração que antecedeu.

Além do afastamento dos envolvidos, o STJ determinou que 18 empresas ligadas ao esquema fossem suspensas de suas atividades econômicas por um ano. Uma série de restrições foi imposta aos investigados, que não poderão se comunicar entre si ou com servidores públicos.

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