Um procurador do Estado de São Paulo foi preso preventivamente nesta sexta-feira, 8, acusado de possuir, compartilhar e produzir material de abuso sexual infantil e de ter abusado sexualmente de sua própria filha, à época com oito meses de idade. A informação foi divulgada pela Polícia Federal (PF e faz parte da operação Kore 32.
Em comunicado, a PF não informou o nome do procurador. O Estadão buscou contato com a Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), que informou que "instaurou procedimento administrativo que pode resultar na demissão do procurador" (veja íntegra abaixo).
Após o mandado de prisão preventiva ter sido expedido pela Justiça Federal, o procurador não foi encontrado no endereço que havia informado à Justiça e foi considerado como foragido até ser encontrado, num hotel próximo ao aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Ele foi encaminhado à Superintendência Regional da PF em São Paulo.
Confira a íntegra do posicionamento da PGE-SP:
"A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) acompanha as investigações da Operação Kore 32 e instaurou procedimento administrativo que pode resultar na demissão do procurador. A Corregedoria e o Gabinete da Procuradora Geral mantêm contato permanente com as autoridades competentes, respeitando o sigilo legal, para garantir que todas as medidas adotadas estejam em plena conformidade com a legislação e com os princípios que regem a Administração Pública."
O que é a operação Kore 32
Segundo a Polícia Federal, a investigação tem como objetivo se aprofundar em crimes de estupro de vulnerável, posse, compartilhamento e produção de imagens de abuso sexual infanto-juvenil pela internet.
"A Operação Kore 32 integra as ações permanentes da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos e reforça o compromisso da Polícia Federal no combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes, fortalecido desde a criação, em 2023, da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos e das delegacias especializadas em todas as Superintendências Regionais", diz o comunicado da PF.