Política
19h00 25 Junho 2025
Atualizada em 25/06/2025 às 19h00

Putin e Xi Jinping não participarão da cúpula dos Brics no Rio de Janeiro

Por Felipe Frazão Fonte: Estadão Conteúdo

A Cúpula do Brics marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, não contará com dois dos principais líderes do bloco, os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.

Pela primeira vez, Xi vai se ausentar de uma Cúpula do Brics, grupo do qual o país é membro fundador e a mais influente força econômica e política.

À ausência de Xi soma-se a já esperada baixa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que pretende participar da cúpula à distância, por meio de vídeo, informou a assessoria internacional do Kremlin, conforme reportaram a agência estatal Tass e a Sputnik. Ele será representado pelo chanceler Serguei Lavrov.

O motivo da ausência é a ordem de prisão de Putin, emitida pelo Tribunal Penal Internacional. Ele é acusado de crime de guerra no conflito com a Ucrânia. Como o Brasil é membro da corte, não há garantia de que a Justiça brasileira seja provocada da ordenar o cumprimento do mandado, caso Putin pise em solo brasileiro.

Conflito de agendas

A chancelaria brasileira foi informada que a delegação chinesa será representada pelo primeiro-ministro Li Qiang. Questionado nos últimos dois dias, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse apenas que a liderança chinesa será informada oportunamente, sem citar a ausência de Xi, nem a indicação do premiê como substituto.

Nos últimos meses, a possível ausência de Xi por um potencial conflito de agendas - somado a sua recente viagem ao Rio para o G20 e a Brasília para visita de Estado - passaram a ser consideradas pelo governo Lula, e a viagem do petista a Pequim em maio serviu também como uma forma de sinalizar deferência e provocar a retribuição em julho. O que não ocorrerá, segundo diplomatas brasileiros.

A viagem e uma potencial reunião bilateral seriam mais uma aproximação do governo Lula com China e tentativa de engajar os chineses em projetos estratégicos como a ferrovia bioceânica.

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