Saúde
12h40 25 Abril 2025
Atualizada em 25/04/2025 às 12h40

Casos de malária no Brasil caem 26% no primeiro trimestre de 2025

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

O Brasil registrou uma queda de 26,8% nos casos de malária entre janeiro e março deste ano, totalizando 25.473 ocorrências, em comparação aos 34.807 casos do mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Ministério da Saúde, em celebração ao Dia Mundial da Malária.

Além da redução dos casos, o número de mortes pela doença diminuiu 27%, somando 43 óbitos em comparação aos 63 registrados no ano anterior.

Segundo o ministério, as estatísticas indicam uma diminuição nos casos em três das cinco áreas especiais de vigilância. Nas regiões de garimpo, a queda foi de 27,5%, enquanto nas áreas de assentamento, a redução foi de 11%. “A separação por áreas é uma estratégia de acompanhamento, uma vez que a malária é uma doença que impacta mais pessoas em zonas de alta vulnerabilidade social”, afirmou a pasta.

Concentração de Casos

99% dos casos de malária estão concentrados na região amazônica, abrangendo estados como Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Iniciativas de Combate

Durante um evento na Academia Nacional de Medicina, o ministro da Saúde destacou o compromisso do Brasil em erradicar a malária, ressaltando a importância de novas tecnologias, como o uso ampliado de testes rápidos e a adoção do antimalárico tafenoquina. “Treinamos quase 3 mil profissionais e tratamos mais de 7 mil pessoas, com a meta de ampliação do acesso até 2026”, afirmou.

A tafenoquina é um medicamento inovador de dose única, indicado para tratamento da malária causada pelo Plasmodium vivax, responsável por mais de 80% dos casos em 2024. O tratamento já foi instalado em 49 municípios de seis estados, e sua implantação na região extra-amazônica está prevista para maio.

Seguindo as diretrizes do ministério, uma versão pediátrica da tafenoquina está em fase de incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS), recebendo parecer positivo na avaliação inicial.

O ministro também enfatizou a necessidade de um sistema de vigilância mais rigoroso nos estados onde a malária é registrada fora da Amazônia, destacando que, embora esses casos sejam menos frequentes, a letalidade se mostra mais alta.

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