A população brasileira está vivendo mais, com a quantidade de indivíduos acima de 65 anos ultrapassando os 10% conforme o último censo do IBGE. Para esses idosos, cuidados simples podem evitar uma das principais causas de perda de qualidade de vida: as quedas.
Dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) apontam que 33% das pessoas acima de 65 anos sofrem quedas anualmente, cifra que chega a 40% entre aqueles com mais de 80 anos. O ambiente doméstico é o local onde ocorrem a maioria das quedas.
A fisioterapeuta especialista em reabilitação destaca a importância de facilitar adaptações no lar, como remover tapetes, instalar barras de apoio e utilizar calçados antiderrapantes. No entanto, a falta de atividade física é um fator que compromete a resistência, flexibilidade e equilíbrio, elevando o risco de quedas.
"A especialista ressalta: "Manter-se ativo ou iniciar um regime de exercícios pode resultar em um envelhecimento mais saudável. A sarcopenia, que é a perda de massa muscular, começa por volta dos 30 anos, e a atividade física ajuda a evitar essa condição, tornando a recuperação após uma queda muito mais fácil".
Ela enfatiza que mesmo os idosos que não mantiveram uma rotina de exercícios ao longo da vida ainda podem se beneficiar das atividades iniciadas nessa fase, que podem ser orientadas por fisioterapeutas ou mesmo realizados com a ajuda de familiares. Exercícios simples de equilíbrio e força são altamente recomendados.
Além disso, a reabilitação após uma queda é crucial para a recuperação da qualidade de vida. Fraturas podem levar à perda de autonomia e ao aumento do tempo de repouso, o que gera consequências psicológicas significativas e perda acelerada de massa muscular devido à imobilização.
Por fim, a fisioterapeuta alerta que os exercícios devem ser mantidos mesmo após a recuperação.
“É um erro comum pensar que, ao se sentir melhor, a pessoa pode parar. É fundamental continuar praticando exercícios para manter a musculatura e a força, evitando impactos maiores ao longo do tempo".