Alvo de seguidas polêmicas, desde sua saída do Palmeiras no fim do ano, Dudu se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a possível troca do Cruzeiro pelo arquirrival Atlético-MG. Ele admitiu estar perto da equipe alvinegra e chamou de "mentiras" as informações sobre ter pedido a demissão do técnico Leonardo Jardim, no time celeste.
"É verdade que tem uma conversa bem adiantada com o Atlético", afirmou o atacante, em entrevista à rádio Itatiaia. "A gente espera que possa acontecer. Mas sabemos que, no futebol, as coisas mudam rápido. Prefiro ir na cautela. Decidir o melhor contrato e projeto para poder dar certo."
Em outro momento da entrevista, Dudu praticamente já fala como jogador do Atlético. "Vou chegar respeitando os meus companheiros, mas vou batalhar para ser titular. A minha vida toda praticamente eu fui titular", declarou. "O Galo pode esperar um Dudu que sempre vai dar a vida pelo clube, sempre vai dar a vida pelos meus companheiros dentro de campo, sempre vai respeitar a camisa. Sempre foi assim. Dudu sempre foi um jogador de raça, que não gosta de perder."
Dudu indicou que a presença do técnico Cuca no Atlético é um incentivo a mais para o acerto oficial. "Todo mundo sabe que tenho um carinho especial pelo treinador do Atlético, tem vários ex-companheiros meus lá", afirmou. "Vamos ver nos próximos dias. Se essas conversas evoluírem, podem saber que tem a influência dele (treinador)."
Dudu voltou a ganhar as manchetes esportivas nas últimas semanas por conta de mais uma saída conturbada de um clube. No fim do ano, sua despedida do Palmeiras gerou uma discussão pública com a presidente Leila Pereira e rendeu um processo por danos morais na Justiça, iniciado pela dirigente alviverde.
Apenas quatro meses após chegar ao Cruzeiro, time que o revelou para o futebol nacional, Dudu reclamou publicamente de estar no banco de reservas, o que gerou repercussão entre torcedores e dirigentes cruzeirenses. Rumores apontavam que o atacante teria pedido a demissão do técnico Leonardo Jardim. Dudu negou a informação.
"É uma grande mentira (sobre ter pedido a saída do português). Tenho grandes relações com grandes treinadores que fui treinado. Depois que surgiu essas mentiras, treinadores que me treinaram me ligaram dando apoio. O próprio (Fernando) Diniz, que virou um amigo meu. Eles sabem que não sou esse tipo de jogador. Desde ano passado para cá, estão falando coisas de mim que não são verdade", declarou.
O atacante, porém, admitiu que escolheu o momento inadequado para reclamar do banco de reservas. "Posso ter errado no timing, no momento, ter falado após uma derrota", afirmou o jogador. "Reconheci isso para o (Alexandre) Mattos, para o Pedrinho, para o treinador. Tanto que fui reintegrado ao grupo. Mas não me senti à vontade de permanecer em um lugar que o ambiente não era o mesmo que minha chegada. Vi que o melhor caminho era a rescisão de contrato, que seria boa para mim e para o Cruzeiro. E poderia estar lá treinando e recebendo meu salário se eu fosse mercenário", disse, em referência a Mattos, CEO do futebol cruzeirense, e Pedro Lourenço, dono da SAF do time mineiro.