Após mais um resultado frustrante na temporada, no GP do Azerbaijão, neste domingo, a Ferrari terá duas semanas para esfriar o clima entre seus pilotos, Charles Leclerc e Lewis Hamilton, antes da etapa de Cingapura, em 5 de outubro.
O piloto de Mônaco, nono colocado na prova, até tentou minimizar, mas deixou clara sua frustração pelo companheiro de equipe não ter devolvido a posição no fim da corrida, após um jogo de equipe, e disparou contra o heptacampeão, que recebeu a bandeirada em oitavo, à sua frente.
"Eu realmente não me importo, é por uma oitava posição, então tudo bem, (Hamilton) ele pode aproveitar esse oitavo lugar", ironizou Leclerc, após ouvir um pedido de desculpas de seu engenheiro. "É estúpido porque não é justo, mas, novamente, eu não me importo, honestamente", acrescentou.
A revolta de Leclerc se referia à devolução da posição por Hamilton antes da linha de chegada. Com pneus duros e mais desgastados, o monegasco recebeu ordens da Ferrari para deixar o britânico ultrapassá-lo e lutar por posição com Lando Norris, que vinha à frente. Sem conseguir superar a McLaren, esperava-se que o piloto da Ferrari devolvesse a posição, o que é de praxe, mas ele diminuiu a velocidade tarde demais.
"Eu estava mais rápido, mas o Charles foi gentil em me deixar passar", explicou Hamilton. "Mas entendi a mensagem (da equipe) muito tarde e fiquei focado no carro à minha frente, mesmo com pouca chance de ultrapassá-lo. Até freei, mas não conseguimos (a troca) por uns quatro décimos. Foi um erro de julgamento meu, vou pedir desculpas ao Charles. Isso não vai acontecer de novo."
Além do incidente com o companheiro de equipe no fim da prova, Leclerc também lamentou a falta de ritmo da Ferrari na corrida em Baku. "Precisamos reagir. Não foi um fim de semana bom", disse o monegasco. "É sempre fácil culpar o carro, que realmente não foi dos mais fortes, tem dificuldades no frio, mas também errei na classificação. Quando você larga em décimo, é muito difícil mudar a situação."