O boxeador Julio César Chávez Jr., filho do lendário Julio César Chávez, foi acusado, neste sábado, de suposto envolvimento com o crime organizado por contrabando de armas para o México, como parte de uma investigação sobre membros do Cartel de Sinaloa.
A decisão foi tomada por um juiz do estado de Sonora, no norte do país, que ordenou que Chávez Jr. fosse julgado em liberdade, por medidas de segurança, embora proibido de sair do México. O magistrado concedeu um prazo de três meses para a investigação complementar.
Chávez Jr. participou virtualmente da audiência em que as medidas foram anunciadas, do Centro Federal de Reintegração Social em Hermosillo, capital de Sonora, para onde foi levado na segunda-feira, após sua deportação dos Estados Unidos.
Segundo um dos advogados do pugilista, Rubén Benítez Álvarez, ele deverá ser liberado da prisão nas próximas horas para responder por "crime organizado, na forma de participação, sem liderança, em funções administrativas, na introdução clandestina de armas de fogo no México". Benítez Álvarez atribuiu as acusações do Ministério Público contra seu cliente a "especulações" e "lendas urbanas". Se for condenado, Chávez Jr. poderá pegar uma pena de prisão de quatro a oito anos.
O boxeador de 39 anos foi preso em 2 de julho, poucos dias após enfrentar o americano Jake Paul, por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) após fornecer informações fraudulentas em seu pedido de residência permanente nos Estados Unidos.