Em 2021, a britânica Emma Raducanu conseguiu, aos 18 anos, um título inédito e até agora único no US Open. Ao vencer a canadense Leylah Fernandez, também com 18 anos, na final do Grand Slam dos EUA há quatro anos, Raducanu se tornou a primeira tenista a passar pelo qualificatório e terminar como campeã. Neste domingo, a britânica voltou ao vencer uma partida no complexo de Flushing Meadows ao passar pela japonesa Ena Shibahara por 2 a 0 (6/1 e 6/2) em apenas 62 minutos.
"Estou muito, muito satisfeita", afirmou Raducanu, que ocupa atualmente a 36ª posição no ranking mundial e não ostenta a condição de cabeça de chave. "As primeiras rodadas são sempre difíceis, especialmente em um Grand Slam", afirmou a britância após o triunfo sobre a 128ª do mundo. "Sempre há nervosismo", completou ela.
Após seu primeiro e único título na carreira, Raducanu foi eliminada na estreia em Nova York em 2022. Foi apenas a terceira campeã feminina da Era Aberta (desde 1968) a perder na primeira rodada um ano depois, após Svetlana Kuznetsova e Angelique Kerber. Na temporada seguinte, com lesões nos dois pulsos e no tornozelo, não disputou o torneio e caiu novamente na estreia há um ano.
Em 2025, ela vem desfrutando de uma espécie de renascimento, com boas atuações. No Cincinnati Open, ela foi eliminada na terceira rodada, mas tirou um set e obrigou a número um do mundo, Aryna Sabalenka, a vencer dois tie breaks para avançar no torneio. Raducanu está trabalhando com o espanhol Francisco Roig, ex-técnico de Rafael Nadal.
Rival de Raducanu neste domingo, Shibahara também passou pelo qualificatório, no qual não perdeu um set sequer. Contra a campeã de 2021, a japonesa teve apenas um break point e não conseguiu confirmá-lo. Foram apenas seis erros não forçados de Raducanu contra 36 da adversária. "Consegui me controlar, consegui fazer meu jogo", afirmou a britânica, que enfrenta na segunda rodada a vencedora do confronto entra Janice Tjen, da Indonésia, e a russa Veronika Kudermetova.