Ataques israelenses mataram pelo menos 38 pessoas em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo uma mulher e seus dois filhos, que estavam abrigados em uma tenda, informaram autoridades de saúde locais neste domingo, 25.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 3.785 pessoas foram mortas no território desde que Israel encerrou o cessar-fogo e retomou sua ofensiva em março, prometendo destruir o Hamas e retomar os 58 reféns que o grupo ainda mantém do ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra. O Hamas afirmou que só libertará os reféns em troca de um cessar-fogo duradouro e da retirada israelense.
O ataque à tenda que abrigava deslocados, que matou a mãe e as crianças, ocorreu na cidade central de Deir Al-Balah, de acordo com o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa. Um ataque na área de Jabaliya, no norte de Gaza, matou pelo menos cinco pessoas, incluindo duas mulheres e uma criança, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Mais detalhes surgiram sobre a médica palestina que perdeu nove de seus 10 filhos em um ataque israelense na sexta-feira, 23. Apenas um dos dez filhos da pediatra Alaa Al-Najjar sobreviveu em sua casa, perto da cidade de Khan Younis, no Sul do país. O menino de 11 anos e o marido da pediatra, Hamdi Al-Najjar, também médico, ficaram gravemente feridos.
Os restos carbonizados das crianças foram colocados em um único saco para cadáveres, disse uma colega pediatra do Hospital Nasser, Alaa Al-Zayan. A casa foi atingida minutos depois de Hamdi Al-Najjar levar a esposa ao hospital.
Seu irmão, Ismail Al-Najjar, foi o primeiro a chegar ao local. "Eles eram crianças inocentes", disse o irmão, sendo que o mais novo tinha sete meses. "E meu irmão não tem nada a ver com facções [palestinas]."
Houthis
Paralelamente, o exército israelense afirmou ter interceptado um míssil disparado por rebeldes houthis do Iêmen neste domingo. O míssil acionou sirenes de ataque aéreo em Jerusalém e outras áreas. Não houve ainda relatos de vítimas ou danos. Fonte: Associated Press