Conflitos
17h10 18 Dezembro 2025
Atualizada em 18/12/2025 às 17h10

Petróleo fecha em alta com tensões entre EUA-Venezuela e ceticismo para paz na Ucrânia

Por Thais Porsch* Fonte: Estadão Conteúdo

O petróleo fechou novamente alta nesta quinta-feira, 18, em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, bem como o ceticismo dos mercados em relação a um acordo de paz para encerrar a guerra da Ucrânia.

Nesta quinta-feira, o petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,34% (US$ 0,19), a US$ 56,00 o barril. Já o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,23% (US$ 0,14), a US$ 59,82 o barril.

Com as tensões afloradas na América Latina, Donald Trump voltou na quarta a reforçar que os EUA estão obtendo direitos sobre terras e petróleo que a Venezuela tirou dos americanos ilegalmente. "A Venezuela expulsou nossas empresas, queremos voltar", disse o republicano.

Ainda na noite de quarta-feira, ao menos quatro pessoas morreram em um novo ataque do exército dos EUA contra barcos no Pacífico Oriental.

Se as investidas de Trump contra o petróleo venezuelano continuarem, isso "provavelmente causará a interrupção da produção na área, sem destinos para exportação", diz Dennis Kissler, do BOK Financial, ressaltando que os preços da commodity podem estar "um pouco subvalorizados".

No Leste Europeu, os EUA e aliados da Ucrânia elaboraram um plano de garantias de segurança que contém medidas detalhadas, robustas e sérias para assegurar que qualquer acordo de paz com a Rússia seja mantido, segundo a Bloomberg. Aumentando a pressão sobre Moscou, o Reino Unido impôs novas sanções a mais quatro empresas petrolíferas russa nesta quinta.

Para 2026, há vários riscos que podem empurrar os preços do petróleo bruto e a produção de xisto dos EUA substancialmente para baixo, alerta o Bank of America (BofA). Os três principais riscos são a paz na Ucrânia, um governo pró-mercado na Venezuela e uma piora nas perspectivas econômicas, afirma o banco.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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