O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira, 23, que rascunhos de documentos já foram preparados envolvendo "garantias de segurança, recuperação e uma estrutura básica para o encerramento desta guerra", após reuniões com representantes dos EUA. A declaração foi feita em comunicado publicado por ele no Telegram, no qual destacou avanços recentes nas tratativas diplomáticas.
No texto, o presidente ucraniano afirmou ter trabalhado de "forma produtiva com representantes do presidente Trump". Zelensky ressaltou que, neste momento, "os pontos estão fixados de forma a corresponder ao objetivo de um fim real da guerra e à necessidade de não permitir uma terceira invasão russa". De acordo com ele, "cada rodada de negociações e reuniões acrescenta garantias aos interesses ucranianos", sem entrar em mais detalhes.
Zelensky ainda agradeceu aos líderes europeus e afirmou que o país "aguarda a continuidade do diálogo com os Estados Unidos". Zelensky enfatizou ainda que "é importante que a diplomacia caminhe sempre lado a lado com a pressão necessária sobre a Rússia e com o apoio indispensável à Ucrânia".
As declarações ocorrem após um ataque russo em grande escala contra a Ucrânia, no qual Moscou disparou mais de 650 drones e dezenas de mísseis durante a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira, atingindo casas e a rede elétrica em 13 regiões do país. Pelo menos três pessoas morreram, incluindo uma criança de quatro anos, segundo autoridades ucranianas.
Zelensky afirmou no Telegram que o bombardeio "é um sinal extremamente claro das prioridades russas" e ocorreu "no meio das negociações que estão sendo conduzidas para acabar com esta guerra". Ontem, porém, um general russo morreu na explosão de um carro bomba em Moscou. A Rússia investiga se o ataque foi "orquestrado pelos serviços de inteligência ucranianos".