O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, disse nesta quinta-feira, 18, que a bolsa trabalha em soluções para que títulos do Tesouro possam ser negociados por até 24 horas por dia. Segundo o executivo, é possível que títulos públicos tenham horário de negociação ampliado já a partir do começo do ano que vem, começando com títulos pós-fixados, indexados à Selic.
A intenção é que títulos do Tesouro possam ser negociados por mais horas, talvez durante todo o dia, nos cinco dias úteis ou nos sete dias da semana.
"Não sei se vai ser 24 horas, mas há uma demanda clara de pessoa física de que os horários de negociação sejam um pouco mais largos", afirmou Finkelsztain durante painel em evento com investidores pessoa física da AGF, onde participou ao lado do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, com quem a B3 trabalha na iniciativa.
Ele observou que B3 e Tesouro têm avançado com cuidado no projeto. Depois do Tesouro Selic, um título de menor risco associado, o plano é expandir o horário de negociação de outros títulos.
Ainda está sendo discutido quais deles poderão ser negociados por mais tempo, como 24 ou 21 horas por dia.
"É importante proteger a pessoa física quanto à má formação de preço de alguns ativos. Se aquele preço não estiver justo e a pessoa não entender, vai negociar num horário que não tem liquidez ou no final de semana, isso pode prejudicar o investidor", declarou o CEO da B3.