Estudantes de famílias com menor nível socioeconômico estão enfrentando desafios significativos em suas habilidades de leitura. Dados revelam que quase 50% desses alunos possuem um aprendizado considerado "abaixo do básico". Enquanto a maioria dos alunos do 4º ano do ensino fundamental com renda alta apresenta um aprendizado adequado em leitura, apenas um em cada quatro estudantes de baixa renda alcança o mesmo nível.

A análise, realizada pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) com base no Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), mostra que a diferença entre esses grupos no Brasil é de 58 pontos percentuais, a maior entre os países participantes. Além disso, somente 5% dos alunos brasileiros se enquadram em uma faixa socioeconômica alta, enquanto 64% pertencem a famílias com renda abaixo de R$ 4 mil mensais.

A situação se agrava ainda mais para os alunos do sexo masculino, que apresentam um desempenho abaixo do básico em leitura maior que suas colegas do sexo feminino. Isso indica uma necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades educacionais no Brasil, como a valorização de professores em regiões vulneráveis e a melhoria da infraestrutura escolar.

Por fim, a leitura é apontada como uma habilidade fundamental para o desenvolvimento acadêmico e social dos jovens, influenciando diretamente suas oportunidades futuras.