O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira, 9, que, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições 2022, os atos executórios da tentativa de golpe de Estado foram "tantos e tão absurdos que vários nós acabamos esquecendo". O ministro listou então uma série de eventos, a começar pelo recurso do PL contra o resultado do pleito do qual Luiz Inácio Lula da Silva saiu vencedor.
Moraes apontou "ma-fé" do PL em pedir anulação de votos do 2º turno das eleições, indicando que a legenda recebeu uma multa pequena para o que merecia, de apenas 1,5% do valor total das urnas. Ainda de acordo com o ministro, a partir da imposição da multa, o grupo sob julgamento intensificou a discussão sobre medidas de exceção. O ministro citou a tentativa de atentado à bomba no Aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, classificando como um "atentado terrorista, mas não um ato isolado".
"Nós tivemos atos executórios violentíssimos das infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República após o segundo turno. Tivemos ações de monitoramento de autoridades, um absurdo pedido para a verificação extraordinária em que se pedia - se pedia, pasmem - para anular somente os votos de 48% das urnas eletrônicas do 2º turno", apontou.