A covid-19 continua sendo a principal causadora de hospitalizações de idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro e no Amazonas.
A SRAG é uma condição grave resultante de infecções, como as provocadas pelo vírus da covid-19, gripe e o sincicial respiratório. De acordo com o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os dados revelam um crescimento do número de notificações de SRAG por covid-19 em vários estados, como o Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Piauí e Paraíba, com informações coletadas no período de 24 a 30 de agosto.
No Amazonas, o aumento de SRAG está principalmente afetando crianças pequenas de até quatro anos, sendo associado ao crescimento das hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Em estados como Amapá, Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro, a elevação nos casos atinge mais crianças e adolescentes, com vínculos ao rinovírus. Já no Espírito Santo, o aumento de SRAG é predominante entre a população idosa.
A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pelo InfoGripe, alerta que, apesar da situação atual da covid-19 no Brasil não ser alarmante, a recente atividade do Sars-CoV-2 em muitos estados indica a necessidade de atualização da vacinação, especialmente para grupos de risco.
“Idosos e imunocomprometidos precisam tomar doses de reforço a cada 6 meses para garantir proteção efetiva. Outros grupos em risco, como aqueles com comorbidades, devem realizar a dosagem de reforço anualmente”, recomenda.
Em 2025, foram contabilizadas 10.051 mortes por SRAG, das quais 52,7% foram atribuídas à influenza A, 1,8% à influenza B, 12,1% ao VSR, 13% ao rinovírus e 21,2% à covid-19. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a predominância dos óbitos positivos foi de 23,8% para influenza A, 2,2% para influenza B, 18,1% para VSR, 27,9% para rinovírus e 26,7% para covid-19.
*Informações obtidas da Fiocruz.