Saúde
16h50 30 Novembro 2025
Atualizada em 30/11/2025 às 16h50

Saúde anuncia R$ 9,8 bi para adaptar SUS a mudanças climáticas

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (30) um aporte financeiro de R$ 9,8 bilhões para ações de adaptação do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos serão direcionados para a construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos que suportem as mudanças climáticas. As informações foram divulgadas em nota pelo ministério, ressaltando que essas iniciativas fazem parte do programa AdaptaSUS, lançado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém. O plano busca preparar a rede de saúde para lidar com os impactos das mudanças climáticas.

No 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), onde o investimento foi anunciado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a crise climática representa um grave problema de saúde pública. Em nível global, um em cada 12 hospitais enfrenta paralisações devido a eventos climáticos extremos. Durante o evento, foi também revelado o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que estabelece orientações para a construção e adaptação de unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais, assegurando que essas estruturas possam resistir a eventos climáticos adversos.

Segundo o ministério, o guia será integrado aos projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saúde), abordando diretrizes voltadas para estruturas mais robustas, autonomia em energia e água, inteligência predial e normas de segurança. Em adição, um grupo técnico foi criado, composto por especialistas da pasta, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e de conselhos de saúde, para detalhar as diretrizes de resiliência.

Ética em Pesquisas

Na mesma ocasião, o ministério anunciou a criação da Instância Nacional de Ética em Pesquisa (Inaep). O objetivo é modernizar o sistema brasileiro de avaliação ética em estudos envolvendo seres humanos. A nova estrutura, conforme indicado, vai otimizar as análises, diminuir redundâncias, estabelecer critérios de risco e regular biobancos. "Essas ações aproximam o Brasil das melhores práticas internacionais, ampliando sua participação na pesquisa clínica global", afirmou o ministério.

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