Saúde
16h20 18 Dezembro 2025
Atualizada em 18/12/2025 às 16h20

SP confirma a 11ª morte por intoxicação com metanol; número de casos no Estado chega a 51

Por Geovanna Hora Fonte: Estadão Conteúdo

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES) confirmou na quarta-feira, 17, mais uma morte por intoxicação causada por bebida alcoólica adulterada com metanol. Com isso, o número de óbitos relacionados à substância confirmados no Estado subiu para 11.

A morte mais recente foi registrada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a prefeitura, um homem de 62 anos morreu no Hospital de Urgência do município em 6 de dezembro. Ele havia dado entrada na unidade no dia anterior, após passar mal em casa, e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ao todo, São Bernardo do Campo registrou oito notificações de mortes suspeitas por intoxicação com metanol. Desses, dois pacientes eram moradores de outras cidades. Três óbitos foram confirmados, sendo que uma das vítimas também não era residente no município. O número de casos suspeitos notificados chegou a 147, mas apenas 13 foram confirmados.

"Não existem, no momento, notificações de intoxicação aguardando confirmação", disse a prefeitura.

Dados do último balanço da SES indicam que, até quarta-feira, o Estado de São Paulo contabilizava 51 casos confirmados de intoxicação por metanol, dos quais 11 evoluíram para óbito. As vítimas fatais são:

- Quatro homens, de 26, 45, 48 e 54 anos, da capital paulista;

- Uma mulher de 30 anos e um homem de 62 anos de São Bernardo do Campo;

- Dois homens, de 23 e 25 anos, e uma mulher de 27 anos de Osasco;

- Um homem de 37 anos de Jundiaí;

- Um homem de 26 anos de Sorocaba.

A pasta informou ainda que quatro óbitos permanecem sob investigação: uma pessoa de 39 anos em Guariba, outra de 31 anos em São José dos Campos e duas pessoas, de 29 e 38 anos, em Cajamar. Ao todo, 555 suspeitas já foram descartadas.

Uma investigação da Polícia Civil apontou que as bebidas alcoólicas adulteradas podem ter origem em uma mesma fábrica clandestina, administrada por uma família no ABC Paulista. Segundo a apuração, os suspeitos compravam etanol adulterado com metanol de dois postos de combustíveis da região, usados como fornecedores da matéria-prima tóxica.

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