O Banco Central Europeu (BCE) decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 11, à medida que a inflação da zona do euro segue próxima da meta de 2%. Desta forma, a taxa de depósito permanece em 2%, a de refinanciamento, em 2,15%, e a de empréstimos, em 2,40%.
A decisão veio em linha com a previsão de analistas. No encontro anterior, em julho, o BCE pausou o ciclo de relaxamento monetário iniciado em meados do ano passado e que levou a oito cortes nas taxas de juros.
A manutenção dos custos dos empréstimos vem após dados recentes mostrarem que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro acelerou para 2,1% em agosto, ficando levemente acima da meta oficial do BCE, mas que, segundo analistas, não muda a abordagem de "espera".
O tom cauteloso do BCE também ocorre em meio ao aumento de tensões geopolíticas na Europa. Nas últimas semanas, a Rússia intensificou ataques contra a Ucrânia, minando esperanças de um cessar-fogo em breve, e a França passou a enfrentar turbulências domésticas com a queda do governo do primeiro-ministro François Bayrou. Também persistem dúvidas sobre os impactos do acordo comercial alcançado com os EUA.