Política
21h10 12 Junho 2025
Atualizada em 12/06/2025 às 21h10

Senador democrata dos EUA é retirado de coletiva de secretária sobre protestos e algemado

Por Redação O Estado de S. Paulo Fonte: Estadão Conteúdo

O senador democrata americano Alex Padilla foi retirado à força nesta quinta-feira, 12, da entrevista coletiva da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em Los Angeles, e algemado por policiais enquanto tentava falar sobre as batidas de imigração que levaram a protestos na Califórnia e em todo o país.

Filho de imigrantes mexicanos, Padilha tem sido um crítico ferrenho de Donald Trump e de sua agenda de deportações em massa. Ele tornou-se o primeiro senador latino do Estado em 2021, quando foi escolhido pelo governador Gavin Newsom para ocupar a vaga de Kamala Harris no Senado, após ela ter sido eleita vice-presidente do país.

O vídeo mostra um agente do Serviço Secreto da equipe de segurança de Noem agarrando Padilla pelo paletó e o empurrando para fora da sala enquanto ele tentava interromper o evento da secretária. "Sou o senador Alex Padilla. Tenho perguntas para a secretária", gritou ele com a voz trêmula.

Brigando com os policiais do lado de fora da sala, ele pode ser ouvido gritando: "Tirem as mãos!" Mais tarde, ele foi visto de joelhos e depois empurrado para o chão e algemado em um corredor, com vários policiais em cima dele.

A cena chocante de um senador americano sendo agressivamente removido de uma entrevista coletiva de uma secretária de gabinete provocou indignação imediata de seus colegas democratas.

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Imagens e vídeos da briga repercutiram pelos corredores do Congresso, onde democratas atônitos exigiram uma investigação imediata e caracterizaram o episódio como mais uma de uma série de crescentes ameaças à democracia por parte do governo Trump. "Precisamos de respostas imediatas sobre o que diabos aconteceu", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, no plenário. "É desprezível, é repugnante, é tão antiamericano."

Em um comunicado, o Departamento de Segurança Interna afirmou que Padilla "optou por um teatro político desrespeitoso" e que o Serviço Secreto "considerou que ele era um agressor". O comunicado alegou erroneamente que Padilla não se identificou - ele o fez enquanto estava sendo empurrado para fora da sala.

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