Economia
10h40 11 Novembro 2025
Atualizada em 11/11/2025 às 10h40

INPC recua para 0,03% em outubro e acumula 4,49% em 12 meses

Por Redação TV KZ

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou uma significativa redução em outubro, com uma variação de apenas 0,03%, em contraste com os 0,52% registrados em setembro. O acumulado em 12 meses agora é de 4,49%, inferior aos 5,1% do período anterior, encerrado em setembro.

Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a oscilação foi favorecida, principalmente, pela estabilidade nos preços dos produtos alimentícios, que não apresentaram variação, enquanto os não alimentícios aumentaram apenas 0,04%.

Impacto da Conta de Luz

A habitação foi o grupo que mais influenciou a queda do INPC, com uma variação negativa de -0,32%, impactando em -0,06 ponto percentual. Isso se deve à alteração da bandeira tarifária, que passou do nível 2 para o nível 1, reduzindo os custos na conta de luz.

A bandeira 2 tinha um adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, enquanto a bandeira 1 cobrou apenas R$ 4,46.

Reajuste de Salários

O INPC é um dos principais indicadores para o ajuste anual de salários em diversas categorias. O salário mínimo, por exemplo, é calculado com base no INPC acumulado de novembro, o que impacta diretamente no valor recebido pelos trabalhadores no ano seguinte. O mesmo vale para o seguro-desemprego e benefícios do INSS.

Diferença entre INPC e IPCA

O INPC e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são também comparáveis. O IPCA, que é o indicador oficial da inflação, ficou em 0,09% em setembro, com acumulado de 4,68% em 12 meses.

A diferença entre eles é que o INPC mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA abrange lares com renda de até 40 salários mínimos. No INPC, os alimentos têm um peso maior na composição do índice, representando quase 25%, ao passo que no IPCA representam cerca de 21%.

A coleta de preços do INPC é feita em dez regiões metropolitanas, incluindo Belo Horizonte e Porto Alegre, visando refletir as despesas da população com menor renda.

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