Economia
10h30 14 Agosto 2025
Atualizada em 14/08/2025 às 10h30

Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

Por Redação O Estado de S. Paulo* Fonte: Estadão Conteúdo

A Eastman Kodak Company alertou que pode encerrar suas operações, após 133 anos em atividade, devido às dívidas. "A Kodak tem dívidas que vencem em 12 meses e não tem financiamento comprometido ou liquidez disponível para cumprir tais obrigações, caso vençam nos termos atuais", informou a companhia em um documento regulatório. "Essas condições levantam dúvidas substanciais sobre a capacidade da Kodak de continuar como uma empresa em atividade."

Sediada em Rochester, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, dos quais US$ 70 milhões estavam mantidos nos EUA.

Em um comunicado divulgado na terça-feira, 12, a companhia afirmou que a linguagem de "continuidade" no seu documento regulatório é uma exigência formal, já que a dívida vence dentro de 12 meses após a publicação.

"A Kodak está confiante de que será capaz de pagar uma parte significativa de seu empréstimo a prazo bem antes do vencimento e alterar, prorrogar ou refinanciar nossa dívida restante e/ou obrigações de ações preferenciais", declarou a empresa.

No ano passado, a Kodak anunciou que encerraria seu plano de renda de aposentadoria para pagar dívidas, de acordo com o The Wall Street Journal.

O diretor financeiro da Kodak, David Bullwinkle, disse em comunicado na segunda-feira, 11, que a companhia espera saber até sexta-feira, 15, como cumprirá suas obrigações de pagar todos os participantes do plano de pensão e prevê concluir a reversão até dezembro.

Popularização da fotografia

Fundada por George Eastman em 1880, a Eastman Kodak Company é reconhecida por popularizar a fotografia no início do século XX e tornou-se mundialmente conhecida por suas câmeras Brownie e Instamatic, além das icônicas caixas de filme amarelas e vermelhas.

A empresa perdeu espaço primeiramente para a concorrência japonesa e, depois, pela incapacidade de acompanhar a transição da tecnologia analógica para a digital. Em 2012, entrou com pedido de recuperação judicial, após enfrentar o avanço da fotografia digital, o aumento da dívida e a intensificação da competição no setor.

Para se manter, a Kodak vendeu diversos negócios e patentes, além de fechar a unidade de fabricação de câmeras que a consagrou. Um ano depois, recebeu aprovação para seu plano de deixar a supervisão judicial e buscava se reinventar como uma companhia menor, voltada à impressão comercial e de embalagens.

Atualmente, a empresa está concluindo uma fábrica para produzir medicamentos regulamentados. Ela já atua na fabricação de matérias-primas essenciais não regulamentadas para a indústria farmacêutica, e a produção na nova instalação deve começar ainda este ano.

*Com informações da AP

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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