Os petroleiros que trabalham no Norte Fluminense realizam assembleia na manhã desta terça-feira (30) para avaliar se vão seguir a indicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para encerrar a greve na Petrobras, depois que a estatal garantiu avanços no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e se comprometeu a não punir os grevistas.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindicato-NF) foi o único filiado à FUP que não encerrou a paralisação iniciada no último dia 15.
"O RH (Recursos Humanos) da Petrobras respondeu, por meio de documento enviado à FUP na tarde de ontem (segunda-feira, 29), que estenderá até 30 de dezembro o compromisso em relação aos dias parados e que manterá a íntegra do ACT e das cartas-compromisso, se a proposta da empresa for aprovada até o dia 30", informou a FUP em nota.
Segundo a FUP, o objetivo de encerrar a greve é resolver o impasse na mesa de negociação, "preservando a categoria das consequências negativas de um Dissídio Coletivo de Greve, cujas audiências já estão marcadas para os dias 2 e 6 de janeiro, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília".
Além do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), filiado à FUP, os trabalhadores ligados à Federação Nacional Dos Petroleiros (FNP) também permanecem em greve. Segundo a FNP, ainda estão de braços cruzados os petroleiros do Litoral Paulista, Amazônia e Sergipe/Alagoas. Eles aguardam resolver o impasse por meio do dissídio coletivo na audiência de sexta-feira, 2, no TST.
Proposta
A greve dos petroleiros começou no dia 15 de dezembro, após negociações sobre o ACT 2026 não chegarem a um bom termo para os trabalhadores. O dissídio da categoria é em setembro e os empregados reivindicam, além de aumento real, aportes da empresa para solucionar o déficit do plano de previdência da categoria, Petros.
Segundo a FUP, que indicou o fim da greve em assembleias na semana passada, a Petrobras firmou compromissos adicionais nas áreas da saúde, segurança, diversidade, fiscalização de contratos e direitos de prestadores de serviço.
A Federação citou ainda o reajuste dos vales alimentação e refeição, a criação de auxílio-alimentação mensal, a redução da participação dos trabalhadores nos custos de transporte e avanços nas condições de trabalho em plataformas e paradas de manutenção. De acordo com a FUP, a estatal garantiu que não haverá punições aos grevistas, e vai conceder abono de 50% dos dias parados, além de permitir compensar o restante via banco de horas ou desconto sem reflexos.