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15h00 07 Julho 2025
Atualizada em 07/07/2025 às 15h00

Ataque a ônibus em SP: suspeito de atirar pedra e ferir passageira é preso

Por Gonçalo Junior Fonte: Estadão Conteúdo

O homem suspeito de atirar uma pedra em um ônibus e ferir uma passageira na Avenida Washington Luiz foi preso pela polícia neste domingo, 6. O ataque ocorreu na última sexta, 4, conforme revelou o Estadão. Na ocasião, o motorista chegou a descer do veículo para tentar identificar o envolvido, mas ele fugiu do local.

A pedra acertou uma mulher sentada no banco. Ela teve ferimentos no rosto e chegou a ser hospitalizada. Não há informações sobre seu estado de saúde.

O ônibus atingido foi da concessionária MobiBrasil e operava na linha 607C/10 por volta das 21h45. Foi um dos casos mais graves registrados até agora.

O ataque faz parte da onda de vandalismo e depredação contra coletivos que já registrou mais de 260 ocorrências somente na capital paulista, segundo a SPTrans. As ações aconteceram também na região metropolitana e Baixada Santista.

De acordo com a Polícia Civil, que contabiliza cerca de 180 atos de vandalismo registrados em Boletins de Ocorrência, 60% estão concentrados na zona sul da capital, principalmente nas avenidas Cupecê, Washington Luís e Vereador João de Luca.

A polícia já realizou outras prisões de outros supostos autores dos disparos. Na última sexta-feira , 4, um adolescente envolvido em um ataque em Cotia foi apreendido e conduzido à delegacia. No sábado, 5, dois homens foram presos em flagrante após danificarem coletivos em Pirituba e Santo Amaro, nas zonas Oeste e Sul, respectivamente.

Desafios na internet

A Polícia Civil possui três linhas principais de investigação sobre os ataques, mas a investigação ainda não avançou o suficiente para confirmar ou exclui-las. A Polícia Civil apontou a participação de adolescentes em alguns atos de depredação e vandalismo.

- ataques por pessoas influenciadas por desafios criados na internet;

- ação coordenada pela facção criminosa (PCC);

- retaliação pelo rompimento de contrato da Prefeitura de São Paulo com as empresas Transwolff e Upbus.

Autoridades se mobilizam

A Polícia Militar iniciou a operação para coibir os atos de vandalismo e depredação contra o transporte coletivo nesta quinta-feira, 3. Os principais alvos são os corredores, garagens de ônibus e terminais de passageiros, especialmente na zona sul da cidade, que corresponde a 60% dos registros.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que os atos de depredação e vandalismo possam estar sendo organizados pela internet. A Divisão de Crimes Cibernéticos atua no monitoramento de plataformas digitais e investiga a participação de adolescentes. Até o momento, a polícia descarta a ação do crime organizado nos atos.

Ônibus não podem parar

A SPTrans diz que a concessionária que tiver seus ônibus depredados pelos ataques deve comunicar todos os incidentes à Central de Operações e formalizar as ocorrências junto às autoridades policiais.

"Cabe ressaltar que a empresa é obrigada a encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por um da reserva técnica, garantindo a realização da próxima viagem. Caso isso não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada", disse por nota.

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