O empresário Rubens Oliveira Costa, apontado pela Polícia Federal (PF) como participante do esquema de descontos indevidos a aposentados, negou ser sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". Ela presta depoimento à CPI que investiga os crimes nesta segunda-feira, 22.
"Atuei em apenas quatro de suas empresas no papel de administrador financeiro, e nada além disso. Fui contratado como funcionário recebendo salário. Jamais recebi qualquer comissão ou dividendos", disse.
De acordo com a PF, Oliveira Costa, era o intermediário do "Careca do INSS". Ele se recusou a firmar compromisso de dizer a verdade, assim como fez o advogado Nelson Wilians, que na semana passada, respondeu a algumas perguntas dos parlamentares e depois optou por se manter em silêncio.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu a Oliveira Costa o direito de se manter em silêncio diante dos parlamentares.
De acordo com as investigações, Oliveira Costa é sócio de empresas envolvidas nos crimes e atuava como lobista e operador financeiro.
Nesta quinta-feira, 24, o "Careca do INSS" será ouvido, conforme antecipou o Estadão. Presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) confirmou que o depoimento ocorrerá no colegiado. Camilo Antunes tinha depoimento marcado à CPI para a segunda-feira passada, 15. Ele confirmou a presença à secretaria da comissão, mas cancelou de última hora.
Oliveira Costa também afirmou que não participou do pagamento de propinas para a manutenção do esquema.
"Não distribuí nem entreguei e não participei de nenhum ato que fosse a entrega de recursos para quem quer que seja."