Saúde
07h40 02 Junho 2025
Atualizada em 02/06/2025 às 07h40

Um terço dos médicos deixou Atenção Primária à Saúde entre 2022 e 2024

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

Um terço dos médicos deixou seus postos de trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil entre 2022 e 2024, segundo dados recentes. A rotatividade é maior nas regiões com menor Produto Interno Bruto (PIB).

As regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal apresentam os menores índices de saída de médicos, enquanto estados como Maranhão e Paraíba, com PIB mais baixo, têm as maiores taxas.

Informações Cruciais

Esse levantamento, que abrange todos os 26 estados e o Distrito Federal, foi conduzido pela Umane, organização dedicada à saúde pública, em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Marcella Abunahman, médicas de família e uma das autoras do estudo, ressalta a necessidade de mais investigações para compreender a alta rotatividade de médicos em regiões com infraestrutura precária.

“A continuidade do atendimento é essencial; a saída de médicos interrompe a relação estabelecida com os pacientes e suas famílias. A construção de vínculos leva tempo e é crucial para garantir a qualidade no atendimento”, destaca a especialista.

Os resultados utilizam dados oficiais de instituições como o Datasus e o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), e estão disponíveis no Observatório da Saúde Pública.

Apesar dos desafios, a pesquisa aponta avanços na cobertura de serviços de saúde, mas enfatiza a urgência de estratégias para fixação de profissionais e melhorias na saúde coletiva.

A Importância da Atenção Primária à Saúde

Definida como o primeiro nível de atendimento, a APS é essencial para promover, proteger e restaurar a saúde da população. Ela serve como a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), direcionando o fluxo dos serviços conforme a complexidade das necessidades de saúde.

“A APS estabelece uma relação vitalícia entre pacientes e a equipe de saúde, sendo responsável pelo rastreio e diagnóstico de diversas condições de saúde”, afirma Abunahman.

Dados Adicionais

O estudo também revela que a cobertura vacinal para crianças abaixo de um ano não atinge a meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. As melhores taxas são observadas em Alagoas e no Distrito Federal, mas a média nacional fica aquém desse objetivo.

 

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