O presidente do São Paulo, Julio Casares, disse que em cerca de dois anos o clube estará mais competitivo no mercado. O mandatário mostrou otimismo na recuperação financeira do São Paulo nas próximas temporadas. Casares assumiu a presidência do São Paulo em 2021, sendo reeleito no final de 2023. O mandato do dirigente acabará no término do ano de 2026.
"Em 2027, 2028, o SPFC começa a dar os primeiros passos para disputar jogadores importantes com outros clubes com mais dinheiro em caixa, como o Palmeiras. Mas em 2030, no ano do centenário, o SPFC será um grande clube. Não vou iludir e dizer que no próximo ano já vai estar bom. Mas em 27, 28, vamos dar os primeiros passos para que em 2030 o São Paulo seja um player mundial", disse Julio Casares em entrevista ao UOL.
O presidente admitiu que assumiu o clube tricolor com um "quadro terrível", "sem receita" e com um time "desmotivado". Apesar do aumento da dívida, Casares mostrou confiança em quitar as pendências até 2030.
"No primeiro mandato, tínhamos a ideia de voltar com a autoestima do time, de ser competitivo e reconectar o torcedor com o clube. E conseguimos: ganhamos o Paulista, ganhamos a Copa do Brasil e a Supercopa. Essa reconexão aconteceu", comemorou.
O mandatário ainda foi questionado sobre a possibilidade do São Paulo virar uma SAF no futuro. O dirigente revelou que há uma resistência interna quanto ao assunto.
"A SAF não é um milagre, mas acredito que o melhor modelo é algo que priorize a gestão do futebol. Não posso dizer que o SPFC vai virar uma SAF pura, mas é uma tendência que, se o SPFC não tiver algum acordo empresarial, ele vai competir menos. Os clubes, mesmo os que não admitem SAF, e o SPFC tem essa resistência, tem que pensar no modelo empresarial, se não vai ficar para trás", alertou.
"Eu acredito que o São Paulo e qualquer outro clube tem que ter parcerias cada vez mais empresariais. Se é SAF ou outro modelo, vamos pensar. Hoje existe um novo mercado que precisa ter dinheiro: o jogador que vale muito hoje é aquele garoto de 17 a 22 anos, é o mercado prioritário", continuou.
Julio Casares também comentou as negociações com o magnata grego Evangelos Marinakis, que pretende investir nas categorias de base do clube, em Cotia. "Quero um sócio que me ponha dinheiro e o grego não só tem dinheiro, como tem plataforma esportiva. Eu vou ter uma porta para a Europa muito mais rápida. Agora, tem que ter muito critério e jamais é vender ativo da base. É um acordo de valor operacional. Vou ter alguém que me coloca dinheiro e, quando eu vender o jogador, ele vai ter o porcentual dele, mas eu vou entrar no mercado firme", garantiu.