Conflitos
13h40 24 Junho 2025
Atualizada em 24/06/2025 às 13h40

Bolsas da Europa fecham em alta, com apetite por risco após cessar-fogo entre Israel e Irã

Por Matheus Andrade, especial para a AE Fonte: Estadão Conteúdo

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 24, a maioria acima de 1%, em sessão que contou com apetite por risco por conta do cessar-fogo anunciado entre Israel e Irã. A redução das tensões no Oriente Médio impulsionou uma série de ativos e derrubou os preços do petróleo, o que acabou pesando em ações do setor. Além disso, as perspectivas para a política monetária pelos principais bancos centrais foram observadas, com importantes declarações.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,11%, a 540,98 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,01%, a 8.758,99 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 1,60%, a 23.641,58 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,04%, a 7.615,99 pontos.

Na madrugada desta terça-feira, Trump afirmou que o cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado na segunda-feira, havia entrado em vigor, após mais de uma semana de ataques. Horas depois, no entanto, Israel acusou o Irã de ter "violado completamente" a trégua ao lançar mísseis em direção ao território israelense, o que Teerã negou posteriormente.

O Banco Central Europeu (BCE) pode voltar a cortar juros de novo, apesar da grande volatilidade nos mercados de petróleo, segundo o dirigente François Villeroy. Ele disse que o conflito no Oriente Médio não mudou a perspectiva para a inflação subjacente da zona do euro por enquanto.

Já o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta terça que uma "maioria significativa" dos dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) acredita que será possível cortar juros mais tarde neste ano. Em audiência na Câmara dos EUA, Powell reforçou que a política monetária dependerá da evolução dos indicadores econômicos.

Segundo o Financial Times, a União Europeia (UE) precisa fazer uma "ameaça crível" de retaliação na guerra comercial de Trump se quiser fechar um bom acordo, alertou um alto funcionário antes do prazo final das negociações.

Bjoern Seibert, chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia, disse aos embaixadores do bloco após a cúpula do G7 no Canadá na semana passada que a perspectiva de uma resposta forte ajudaria a convencer o presidente dos EUA a reduzir as tarifas rígidas impostas à UE.

Entre as empresas, o governo espanhol afirmou nesta terça que aprovaria a oferta hostil do BBVA pelo Banco de Sabadell sob a condição de que não se fundissem legalmente por até cinco anos.

A administração afirmou na terça-feira que aprovaria o acordo sob a condição de que as entidades e seus ativos fossem mantidos legalmente separados por três anos e administrados de forma independente.

Em Madri, seguindo a notícia, BBVA subiu 2,54% e o Sabadell avançou 0,45%, enquanto o Ibex35 teve alta de 1,41%, a 14.035,10 pontos. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 1,63%, a 39.474,46 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,57%, a 7.452,08 pontos.

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