Conflitos
13h20 19 Dezembro 2025
Atualizada em 19/12/2025 às 13h20

Hungria critica empréstimo à Ucrânia e alerta para escalada de tensões UE-Rússia

Por Pedro Lima Fonte: Estadão Conteúdo

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, alertou que as "preparações para a guerra claramente continuam em Bruxelas", ao comentar negociações recentes no âmbito da União Europeia. Segundo ele, seu governo conseguiu evitar o risco imediato de guerra ao impedir que a Europa, em suas palavras, "emitisse uma declaração de guerra à Rússia usando ativos russos".

Orbán escreveu no X nesta sexta-feira que a proposta rejeitada "teria arrastado a Europa para a guerra". Bruxelas concordou hoje em conceder um empréstimo sem juros de 90 bilhões de euros à Ucrânia. Sem consenso sobre uso direto de ativos russos congelados, porém, a UE decidiu captar recursos no mercado de capitais.

Na mesma publicação, o líder húngaro criticou a decisão de outros países do bloco. Ele afirmou que 24 Estados-membros decidiram conceder um empréstimo de guerra à Ucrânia pelos próximos dois anos e alertou que, "se a Ucrânia não conseguir pagar o empréstimo, esses países europeus terão de cobrir o reembolso".

Orbán também destacou a retomada da cooperação do grupo conhecido como V3. Segundo ele, "Hungria, Eslováquia e República Tcheca decidiram não embarcar nesse trem", o que teria poupado "nossos filhos e netos do peso desse empréstimo massivo de 90 bilhões de euros". Ainda de acordo com a postagem, "a parcela da Hungria no empréstimo de guerra teria sido superior a 400 bilhões de forints húngaros", que equivalem a 1,03 bilhão de euros.

Apesar disso, o premiê avaliou que "a má notícia é que as preparações para a guerra claramente continuam em Bruxelas".

Ele reiterou que "a Hungria continua sendo a voz da paz na Europa" e garantiu que não permitirá que "o dinheiro dos contribuintes húngaros seja usado para financiar a Ucrânia".

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