Conflitos
10h50 17 Agosto 2025
Atualizada em 17/08/2025 às 10h50

Quem são os líderes europeus que vão acompanhar Zelenski na reunião com Trump

Emmanuel Macron, presidente da França; Friedrich Merz, chanceler da Alemanha; Mark Rutte, secretário-geral da OTAN; e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, vão acompanhar o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu encontro com o presidente Donald Trump, nesta segunda-feira, 18, na Casa Branca.

A decisão parece ser um esforço para evitar a repetição do encontro tenso que Zelenski enfrentou quando se reuniu com Trump no Salão Oval em fevereiro.

A presença dos líderes europeus ao lado de Zelenski, demonstrando o apoio da Europa à Ucrânia, pode ajudar a aliviar preocupações em Kiev e em outras capitais europeias de que o presidente ucraniano corra o risco de ser pressionado a aceitar um acordo de paz que Trump afirma querer intermediar com a Rússia.

Von der Leyen, chefe do braço executivo da União Europeia, publicou no X que "a pedido do presidente Zelenski, participarei da reunião com o presidente Trump e outros líderes europeus na Casa Branca amanhã".

A viagem conjunta destacou a determinação dos líderes europeus em garantir que a Europa tenha voz na tentativa de Trump de promover a paz, após a cúpula realizada na sexta-feira entre o presidente dos EUA e o líder russo Vladimir Putin - da qual Zelenski não foi convidado a participar.

Reunião

Donald Trump voltou a apoiar o plano da Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia, que prevê a cessão de territórios ucranianos a Moscou. Após se reunir com Vladimir Putin no Alasca, no sábado, 16, Trump afirmou que um acordo de paz poderia ser alcançado rapidamente caso Volodmir Zelenski aceitasse entregar regiões como Donetsk e Luhansk, incluindo áreas atualmente sob controle ucraniano.

A proposta recebeu forte rejeição de Kiev e de líderes europeus, que veem riscos em negociar antes de qualquer cessar-fogo. Para eles, isso favoreceria a Rússia, que tem avançado militarmente e já controla toda a região de Luhansk e grande parte de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. Mesmo assim, Trump defendeu que Zelenski "faça um acordo", dizendo que "a Rússia é uma potência muito grande e eles não".

As reações na Europa foram frias diante da guinada de Trump, que havia ameaçado impor sanções a Moscou, mas recuou após a reunião com Putin. Líderes europeus reafirmaram que seguirão aumentando a pressão econômica contra a Rússia "enquanto a matança continuar". Excluído da cúpula do Alasca, Zelenski afirmou que tratará com Trump, em Washington, "todos os detalhes sobre o fim da guerra".

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