A economia da União Europeia mantém a resiliência, com desemprego em patamares historicamente baixos, inflação geral amplamente dentro da meta e um sistema financeiro estável, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório publicado nesta quinta-feira, porém, o Fundo destaca que o bloco enfrenta crescentes desafios, incluindo tensões comerciais, aumento da demanda por gastos com defesa e a necessidade de garantir a segurança energética, ao mesmo tempo em que lida com níveis de produtividade abaixo do ideal, o rápido envelhecimento da população e a tendência de crescimento fraco no médio prazo.
Para o FMI, aprofundar o mercado único da UE é a principal ferramenta disponível para o bloco impulsionar investimentos, assim como a inovação e a produtividade.
"(A maior integração do mercado único) pode ajudar a incorporar externalidades positivas de investimentos transfronteiriços, alavancar economias de escala e evitar esforços nacionais duplicados e custosos", diz o documento.
O FMI aponta também que garantir consolidações fiscais ordenadas e favoráveis ao crescimento, abordando os riscos específicos de cada país da UE, é fundamental para "preservar a sustentabilidade fiscal e gerenciar pressões de gastos de longo prazo" ligadas ao envelhecimento populacional e ao aumento dos gastos com segurança.
Ainda no relatório, o Fundo afirma que diversificar os laços econômicos e expandir a integração comercial da UE pode reforçar ainda mais a concorrência e fortalecer a resiliência econômica.
"Garantir a estabilidade de preços e financeira continua sendo a base para enfrentar esses desafios de longo prazo", diz o FMI.