O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, reiterou neste sábado, 5, que o Brasil defende o multilaterismo e o livre comércio e que a diversidade de países é positiva para a complementaridade econômica.
"O Brics cresce acima da média mundial e é motor da economia mundial. Nós recebemos aqui autoridades que nos trazem infinitas oportunidades de exportação. O presidente Lula se comprometeu a ir à Malásia. Celebramos o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)", elencou como resultados alcançados pelo Brasil nos últimos dias, durante coletiva de imprensa no Fórum Empresarial do Brics.
O Acordo Mercosul-EFTA, celebrado na quarta-feira, 2, prevê a criação de uma zona de livre comércio - considerando os setores agrícolas e industrial - que abrange um mercado de aproximadamente 290 milhões de pessoas e um PIB combinado superior a US$ 4,3 trilhões.
O vice-presidente ainda ressaltou que o Brasil está vivendo um bom momento, com dólar em queda, a bolsa brasileira atingindo recorde, o emprego e renda crescendo e o desemprego no menor nível da série histórica.
"O governo do presidente Lula atua com responsabilidade. O compromisso do arcabouço fiscal é de déficit primário zero e estamos discutindo como zerar o déficit primário e fazer superávits. Se lembrarmos 2020, houve déficit primário de 9,3% durante a pandemia. Mas a pandemia ocorreu no mundo todo", defendeu.
Alckmin participou do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá, na região portuária do Rio, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele estava acompanhado de Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
O evento da CNI antecede a cúpula do Brics e aborda o desenvolvimento econômico sustentável por meio de estratégias de comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, desenvolvimento de habilidades e economia digital, além de financiamento e inclusão financeira no Brics.
Entre os países fundadores do Brics, criado há duas décadas, estão Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul alguns anos depois. Há menos tempo, o Brics foi ampliado, passando a contar com Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. A Arábia Saudita tem participado do encontro, mas ainda não oficializou sua entrada definitiva no condomínio. Como anfitrião do evento em 2025, o Brasil convidou Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão para participarem de sessões de debates mais ampla.