O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta segunda-feira, 19, que as notícias divulgadas pela imprensa de que o governo lançará um pacote de medidas para alavancar a popularidade às vésperas da eleição presidencial criam temor, mas não trazem informações novas. Ele assegurou que o objetivo do governo é garantir o cumprimento das metas fiscais.
"Entendo que relato cria temor, mas esse relato está baseado em quê? Porque ele não traz nenhuma informação nova, que não estivesse já apresentada ou colocada no debate público. E está muito claro o objetivo do governo de cumprir o arcabouço fiscal e alcançar suas metas", comentou Mello.
O secretário afirmou que todo esse debate sobre "pacote de medidas" é uma forma de contar história, mas não reflete o que tem sido feito pelo governo. Sobre a destinação de recursos para novas políticas públicas, Mello reforçou que este é o papel do Executivo. "Se o governo não tiver perspectiva de fazer nenhuma política pública, para que serve o governo?", questionou.
Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), fontes do governo entendem que é preciso o lançamento de novos programas para melhorar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de olho na eleição de 2026. Na opinião dessas fontes, as ações já previstas, como o Minha Casa, Minha Vida e o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), não estão tendo os resultados esperados e é preciso um "fato novo" para Lula ter um respiro de popularidade.
O Palácio do Planalto analisa uma série de medidas com o intuito de alavancar a popularidade de Lula nos próximos meses.
Estão nesse rol de propostas em estudo no governo o novo Vale Gás, uma linha de crédito para entregadores por aplicativo e um programa no Ministério da Saúde para uso de estrutura de hospitais particulares para cirurgias do SUS.
Também estão em discussão no governo uma linha de financiamento para melhorias em moradias precárias e uma proposta para igualar benefícios de motoristas de aplicativo aos de taxistas.