Instituto Fogo Cruzado registra aumento de tiroteios em metrópoles
A quantidade de tiroteios nas regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Rio de Janeiro aumentou em 36% no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado. Em 2023, foram registrados 253 incidentes, um crescimento considerável em relação aos 186 ocorridos no mesmo período do ano anterior. As estatísticas indicam que 108 pessoas foram mortas e 64 feridas em tiroteios relacionados a conflitos entre grupos armados. Em 2024, os números foram de 80 mortos e 60 feridos.
Esses dados fazem parte do relatório semestral abrangendo 49 municípios, que mostra que 20 pessoas foram vítimas de balas perdidas. Além disso, 21 crianças e adolescentes foram baleados, resultando em 11 mortes, um incremento de 91% em comparação ao primeiro semestre de 2022.
“Este é um problema crônico que todos os dias coloca crianças na linha de tiro no Brasil. Saber que os tiroteios aumentaram é saber que mais famílias conviveram com eles, que mais jovens passaram por esse trauma”, afirma Maria Isabel Couto, diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado.
Rio de Janeiro registra os maiores índices
No Rio de Janeiro, os dados revelam que as disputas entre grupos armados se intensificaram em localidades como Morro dos Macacos e Complexo do Fubá. Juntas, essas áreas concentraram 57% dos tiroteios e 36% das vítimas nos últimos seis meses.
Recife enfrenta tăngo agressivo
Em Recife, o aumento dos tiroteios foi dramático, com 18 casos registrados neste semestre, comparado a apenas um em 2024. Seis tiroteios ocorreram dentro da cidade, exacerbando as preocupações sobre a segurança pública. Entre as vítimas de balas perdidas estão duas crianças, destacando a gravidade da situação.
Salvador relata situação similar
Por sua vez, Salvador teve 81 tiroteios em disputas entre grupos armados, resultando em 45 mortes e 28 feridos.
O governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu não se manifestar sobre os dados do Instituto Fogo Cruzado, mas cita investimentos em tecnologia e inteligência para a segurança pública, com o objetivo de reduzir a violência.