Saúde
14h00 09 Julho 2025
Atualizada em 09/07/2025 às 14h00

SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer novas opções de tratamento hormonal para mulheres com endometriose: o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. A incorporação desses tratamentos foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

O DIU-LNG é um dispositivo que reduz o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é indicado para mulheres que não podem usar contraceptivos orais combinados. Este dispositivo só necessita ser trocado a cada cinco anos, o que aumenta a adesão ao tratamento e promete melhorar a qualidade de vida das pacientes.

O desogestrel é um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, prevenindo o crescimento do endométrio fora do útero. Este método pode ser utilizado como tratamento inicial, podendo ser prescrito durante a avaliação clínica antes da confirmação do diagnóstico.

Para que esses novos tratamentos estejam disponíveis na rede pública, é necessário atualizar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose.

Sobre a Endometriose

A endometriose é uma condição ginecológica crônica caracterizada pelo crescimento do tecido que reveste o útero em locais inadequados, como ovários e intestinos, causando inflamação. Entre os principais sintomas estão cólicas intensas, dor pélvica crônica e dificuldades para engravidar.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva são afetadas pela doença, totalizando mais de 190 milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, o Ministério da Saúde observou um aumento de 30% na assistência ao diagnóstico da endometriose entre 2022 e 2024. Na atenção primária, os atendimentos passaram de 115,1 mil em 2022 para 144,9 mil em 2024.

Na atenção especializada, o SUS também registrou um aumento de 70% nos atendimentos relacionados à endometriose, subindo de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024, totalizando 85,5 mil atendimentos nos últimos dois anos.

Além disso, houve um crescimento de 32% nas internações, que saltaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. O total no mesmo período foi de 34,3 mil internações.

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