Economia
20h40 23 Junho 2025
Atualizada em 23/06/2025 às 20h40

Investimento acionário via BNDESPar será diferente dos anteriores, diz Alexandre Abreu

Por Daniela Amorim Fonte: Estadão Conteúdo

A nova rodada de investimentos anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em participações acionárias em empresas via subsidiária BNDESPar não terá qualquer semelhança com aplicações em renda variável feitas pelo banco no passado, afirmou Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES.

Aportes do BNDESPar feitos em gestões anteriores deram origem a críticas que sugeriam a existência de uma política de fomento a "campeões nacionais".

"Primeira coisa, não tem nada a ver uma estratégia com a outra", garantiu Abreu ao Broadcast. "Não tem nada a ver, as estratégias são completamente diferentes."

O BNDES anunciou nesta segunda-feira, 23, que sua subsidiária BNDESPar retomará os investimentos em renda variável após um hiato de dez anos. O banco de fomento pretende investir até R$ 10 bilhões em companhias com projetos e iniciativas voltadas para a transição energética, descarbonização e inovação.

Estão previstos até R$ 5 bilhões em investimento direto em empresas que inscrevam projetos no banco até dezembro deste ano, além de outros R$ 5 bilhões via fundo de investimento, no que o banco de fomento define como a "maior chamada pública" de sua história. A previsão é que os recursos totais para aplicação em renda variável através da iniciativa alcancem até R$ 25 bilhões, somando tanto os aportes diretos do banco quanto o potencial de captação de recursos de parceiros nos fundos de investimentos.

"Eu não sei quais são as empresas (a serem beneficiadas pelos aportes diretos, via participação acionária). Nós acabamos de anunciar isso, e nós vamos receber os projetos ainda. O que nós estamos dizendo é que eles têm que estar ligados a descarbonização, e tem que estar ligados a transição energética e inovação", disse ele.

O diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, afirmou que a seleção das empresas para participações acionárias via subsidiária BNDESPar será feita a partir de inscrições de projetos no site do BNDES. Não há qualquer pré-requisito sobre o porte das companhias nem sobre setores prioritários. As inscrições para os aportes diretos via participação acionária serão recebidos até o fim deste ano.

O BNDES anunciou nesta segunda-feira, 23, que sua subsidiária BNDESPar retomará os investimentos em renda variável após um hiato de dez anos. O banco de fomento pretende investir até R$ 10 bilhões em companhias com projetos e iniciativas voltadas para a transição energética, descarbonização e inovação.

"A partir do momento que a gente informou agora, as empresas entram no site, e a equipe do BNDES vai fazer uma avaliação: se o projeto está aderente, se o projeto é financeiramente viável. E assim que decidir cada um deles, isso vai vir a público imediatamente", afirmou Abreu. "Eu posso ter uma, duas, três empresas no mesmo setor, eu posso não ter nenhuma, depende de o projeto ser financeiramente viável e se ele for aderente a essa política. Então, não existe relação entre uma coisa e outra, são duas coisas completamente diferentes", disse ele, referindo-se às diferenças de estratégias na seleção de aportes feitos em gestões anteriores.

"À medida que essas propostas forem finalizadas, a gente vai decidir e informar, divulgar para a imprensa que nós decidimos na empresa A, B, C, D, enfim, de acordo com os critérios financeiros, de ser viável, e também de estar enquadrado nessas situações, de serem ligados à descarbonização e ligados à inovação. Independentemente do porte ou do setor da empresa, isso não interessa. A empresa tem que estar engajada nesse projeto. Elas dão entrada nisso de forma digital através do site do BNDES", frisou Abreu.

Os mais recentes investimentos de renda variável do BNDES ocorreram em 2015, uma década atrás, nas empresas Energisa, Rocha e Sunew. Os recursos usados nos aportes diretos serão provenientes de vendas de participações em empresas já maduras, como as que foram conduzidas na JBS e na Energisa, e de recebimento de dividendos de empresas em que o BNDESPar ainda está presente, apontou Abreu.

Quanto ao investimento indireto, previsto em R$ 5 bilhões via fundos de investimentos, o BNDES espera levantar mais R$ 15 bilhões dos demais investidores. A chamada pública para a escolha dos gestores dos fundos será lançada durante a COP-30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcada para novembro em Belém, no Pará. A expectativa é que o banco tenha, até o fim deste ano, uma lista prévia dos gestores selecionados na primeira fase do certame.

"Normalmente, nos investimentos do BNDES, cada real que o BNDES investe traz consigo mais 3 reais, três vezes o valor que ele (o banco) investiu", lembrou Abreu, concordando que o total disponível para investimento via fundos teria potencial para alcançar R$ 20 bilhões.

O BNDES lembrou ter realizado, desde o ano passado, três chamadas públicas para Fundos de Investimento e Participações (FIPs), abrangendo as áreas de Minerais Críticos, de Saúde e Biotech e de Transição Energética. Segundo o banco, a BNDESPar tem 53 fundos em sua carteira atualmente, com R$ 8 bilhões em capital comprometido e, aproximadamente, R$ 27 bilhões de capital comprometido por outros investidores, "tanto em fundos de equity (participação em empresas) quanto em fundos de crédito".

O banco acrescentou que a nova Estratégia de Investimentos em Renda Variável da BNDESPar foi aprovada pelo conselho de administração no ano passado, incluindo cinco vertentes: Agenda Verde, com investimentos prioritários em transição ecológica, descarbonização e clima; Parcerias, para incentivar investimentos e complementar a atuação do banco; Ofertas Públicas, em que a BNDESPAR participaria de ofertas como investidor-âncora (com até 30% do volume total da oferta de empresas de menor porte que estejam buscando acessar o mercado de capitais pela primeira vez); Ofertas Privadas, via investimentos em empresas brasileiras por meio de operações para reforçar a estrutura de capital, ampliação e implementação de planos de negócios; e Alocação Proprietária, voltada para maior rentabilização da carteira proprietária, fomento ao mercado de capitais e estruturação de novos produtos e soluções financeiras.

"Após quase dez anos sem realizar novos investimentos diretos em renda variável e de um longo período focado em desinvestimentos maciços e desmobilização da carteira, fruto das gestões anteriores, o governo do presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) retoma a missão da BNDESPar de desenvolver o País com o fortalecimento do mercado de capitais. Temos um novo posicionamento estratégico, que busca investir na economia verde e em inovação em empresas de todos os portes", declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Chamada para gestor de fundo deve ter prévia de selecionados até fim do ano

O diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, afirmou que a seleção das empresas para participações acionárias via subsidiária BNDESPar será feita a partir de inscrições de projetos no site do BNDES. Não há qualquer pré-requisito sobre o porte das companhias nem sobre setores prioritários. As inscrições para os aportes diretos via participação acionária serão recebidos até o fim deste ano.

O BNDES anunciou nesta segunda-feira, 23, que sua subsidiária BNDESPar retomará os investimentos em renda variável após um hiato de dez anos. O banco de fomento pretende investir até R$ 10 bilhões em companhias com projetos e iniciativas voltadas para a transição energética, descarbonização e inovação.

"A partir do momento que a gente informou agora, as empresas entram no site, e a equipe do BNDES vai fazer uma avaliação: se o projeto está aderente, se o projeto é financeiramente viável. E assim que decidir cada um deles, isso vai vir a público imediatamente", afirmou Abreu. "Eu posso ter uma, duas, três empresas no mesmo setor, eu posso não ter nenhuma, depende de o projeto ser financeiramente viável e se ele for aderente a essa política. Então, não existe relação entre uma coisa e outra, são duas coisas completamente diferentes", disse ele, referindo-se às diferenças de estratégias na seleção de aportes feitos em gestões anteriores.

"À medida que essas propostas forem finalizadas, a gente vai decidir e informar, divulgar para a imprensa que nós decidimos na empresa A, B, C, D, enfim, de acordo com os critérios financeiros, de ser viável, e também de estar enquadrado nessas situações, de serem ligados à descarbonização e ligados à inovação. Independentemente do porte ou do setor da empresa, isso não interessa. A empresa tem que estar engajada nesse projeto. Elas dão entrada nisso de forma digital através do site do BNDES", frisou Abreu.

Os mais recentes investimentos de renda variável do BNDES ocorreram em 2015, uma década atrás, nas empresas Energisa, Rocha e Sunew. Os recursos usados nos aportes diretos serão provenientes de vendas de participações em empresas já maduras, como as que foram conduzidas na JBS e na Energisa, e de recebimento de dividendos de empresas em que o BNDESPar ainda está presente, apontou Abreu.

Quanto ao investimento indireto, previsto em R$ 5 bilhões via fundos de investimentos, o BNDES espera levantar mais R$ 15 bilhões dos demais investidores. A chamada pública para a escolha dos gestores dos fundos será lançada durante a COP-30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcada para novembro em Belém, no Pará. A expectativa é que o banco tenha, até o fim deste ano, uma lista prévia dos gestores selecionados na primeira fase do certame.

"Normalmente, nos investimentos do BNDES, cada real que o BNDES investe traz consigo mais 3 reais, três vezes o valor que ele (o banco) investiu", lembrou Abreu, concordando que o total disponível para investimento via fundos teria potencial para alcançar R$ 20 bilhões.

O BNDES lembrou ter realizado, desde o ano passado, três chamadas públicas para Fundos de Investimento e Participações (FIPs), abrangendo as áreas de Minerais Críticos, de Saúde e Biotech e de Transição Energética. Segundo o banco, a BNDESPar tem 53 fundos em sua carteira atualmente, com R$ 8 bilhões em capital comprometido e, aproximadamente, R$ 27 bilhões de capital comprometido por outros investidores, "tanto em fundos de equity (participação em empresas) quanto em fundos de crédito".

O banco acrescentou que a nova Estratégia de Investimentos em Renda Variável da BNDESPar foi aprovada pelo conselho de administração no ano passado, incluindo cinco vertentes: Agenda Verde, com investimentos prioritários em transição ecológica, descarbonização e clima; Parcerias, para incentivar investimentos e complementar a atuação do banco; Ofertas Públicas, em que a BNDESPAR participaria de ofertas como investidor-âncora (com até 30% do volume total da oferta de empresas de menor porte que estejam buscando acessar o mercado de capitais pela primeira vez); Ofertas Privadas, via investimentos em empresas brasileiras por meio de operações para reforçar a estrutura de capital, ampliação e implementação de planos de negócios; e Alocação Proprietária, voltada para maior rentabilização da carteira proprietária, fomento ao mercado de capitais e estruturação de novos produtos e soluções financeiras.

"Após quase dez anos sem realizar novos investimentos diretos em renda variável e de um longo período focado em desinvestimentos maciços e desmobilização da carteira, fruto das gestões anteriores, o governo do presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) retoma a missão da BNDESPar de desenvolver o País com o fortalecimento do mercado de capitais. Temos um novo posicionamento estratégico, que busca investir na economia verde e em inovação em empresas de todos os portes", declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

VEJA TAMBÉM